Filhas do Matriarcado veio do desejo de viver sob uma estrutura social diferente da nossa atual capitalista e patriarcal. Mais do que um desejo, uma crença de que é possível fazê-lo aqui e agora.
É a minha forma de chamar as mulheres e famílias que estão hoje a dar passos pequenos e grandes em direção a viverem de forma mais livre. Com prioridades centradas no amor e respeito pelo ecossistema em que co-existimos com milhares de espécies.
É para quem acredita que a natureza é o nosso maior guia.
Este desejo tem vindo a acordar e a crescer há muito tempo, como podes ver pela minha jornada.
Mas materializou-se como Filhas do Matriarcado quando assisti ao curso When Women Were the Land, da Sylvia Lindstead, onde ela fala dos vestígios ainda hoje encontrados de antigas sociedades matriarcais. Como se vivia nelas, as suas histórias e tradições, e o que idolatravam.
A Sylvia trabalha com contos, mitologia e arqueologia.
Não há um único vídeo do curso em que não chore de emoção a sentir estas mulheres e estes homens desta altura.
Ela fala da Motherhouse,
a Casa Mãe.
Ilustração da Loré Pemberton
Aqui, todas a mulheres da família viviam juntas, com os seus maridos (espero que possíveis esposas também) e filhos.
A linhagem de descendência era da mulher, não por questões de herança mas por respeito pela dádiva da vida.
Eu imagino esta casa, com homens e mulheres a trabalhar para o lar, a cozinhar, a plantar, a decorar, a descansar à beira rio, e as crianças a correr de um lado para o outro.
Uma vida completa, sem ser repartida em casa, trabalho, família, amigos, limpezas… Ali. Está tudo ali a viver-se ao mesmo tempo.
À primeira vista até pode parecer uma vida pequena e limitada para alguns, mas esta perspectiva de vida pequena não será um conceito patriarcal? Porquê que tem de ser tudo “grandioso”? E porquê que o grandioso tem de ser sair e compartimentalizar a vida?
Acredito que nós guardamos dentro de nós as memórias de todas estas mulheres que cresceram e viveram numa comunidade de respeito mútuo (entre si e o ambiente em volta), que cuidam e são cuidadas.
Em que a vida tem um ritmo diferente, com as estações, com o dia e a noite, com os animais e as plantas. Para mim é como a vida foi feita para se viver. Não como regra mas como forma de se estar bem, em paz e feliz.
Nós somos as filhas destas mulheres e as suas memórias vivem dentro de nós a alimentar este fogo que sentimos para caminhar num caminho mais perto delas.
Somos todas por isso, as filhas do matriarcado.
Conhece-me um pouco melhor.
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